domingo, 18 de março de 2012
FÓRUM KID'S com o tema:DEIXA EU BRINCAR, PORQUE ASSIM EU APRENDO!
Horário: 26 maio 2012 de 13:00 a 17:00
Cidade: Vitória da Conquista - BA
Site ou Mapa: http://cirandaludidadeeducado…
Tipo de evento: crianças, discutindo, brincar
Organizado por: ICONAH
Cidade: Vitória da Conquista - BA
Site ou Mapa: http://cirandaludidadeeducado…
Tipo de evento: crianças, discutindo, brincar
Organizado por: ICONAH
O ICONAH com o Objetivo de inserir os participantes
dentro do contexto dos direitos do Brincar. Buscando
entender como o processo concretiza-se e se transforma
através das brincadeiras sendo elas cantadas, exercitada
e falada. Onde o Brinquedo, o Brincar e a Brincadeira
será o foco das discussões por crianças com coisas de
crianças . Cabendo ao adulto o desafio de olhar,
escutar, registrar, participar e acompanhar desta
vivência.
dentro do contexto dos direitos do Brincar. Buscando
entender como o processo concretiza-se e se transforma
através das brincadeiras sendo elas cantadas, exercitada
e falada. Onde o Brinquedo, o Brincar e a Brincadeira
será o foco das discussões por crianças com coisas de
crianças . Cabendo ao adulto o desafio de olhar,
escutar, registrar, participar e acompanhar desta
vivência.
Neste fórum,nos do ICONAH estaremos preocupados em
fornecer um
momento único para criança onde elas estarão
debatendo e vivenciando assunto pertinente a realidade
delas.
fornecer um
momento único para criança onde elas estarão
debatendo e vivenciando assunto pertinente a realidade
delas.
Informe-se: iconahvc@gmail.com
domingo, 4 de março de 2012
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
A Psicogênese é o estudo do desenvolvimento dos processos mentais e das funções psíquicas, que podem causar uma alteração no comportamento. Para saber mais sobre Emilia Ferreiro clique no nome da autora.
A aprendizagem da leitura e da escrita ocorre através da aquisição de conceitos que a criança desenvolve a respeito das coisas, dos objetos, das pessoas, em fim , do mundo que a cerca e não apenas através de técnicas percepto-motoras.
Todas as crianças, no processo de construção da escrita percorrem etapas idênticas a da descoberta da escrita pelo homem. Assim como a criança construiu hipóteses sobre a língua oral no processo de aprendizagem da fala, ela também o faz a respeito da escrita e da leitura quando é estimulada a usar os sinais gráficos (símbolos) para expressar nomes e palavras que são concretas para sua audição, mas abstratas em seu processo de escrita e/ ou leitura. Portanto, para a criança não é fácil passar seus pensamentos para a escrita, elas necessitam pensar, questionar e refletir a respeito desses signos e de seus significados.
A criança já desenvolve seus conceitos a respeito das informações que recebe diariamente, antes mesmo de freqüentar o ambiente escolar. Quando entendemos o processo de alfabetização através desse trabalho conceitual da aquisição da escrita podemos direcionar da melhor forma o andamento da aprendizagem.
Hipótese Pré-Silábica
- Escrita Indiferenciada – Desenhos servem de apoio à escrita, a escrita tem aparência de garatuja (representações - VvVVVvvvvVvv), números e letras não são diferenciados e a mesma palavra pode ser escrita de varias formas, sem limite de quantidade de sinais gráficos.
- Escrita Diferenciada – Associação com sinais gráfico conhecidos, usa letras familiares e com significados (geralmente de seu próprio nome). variação na qualidade e quantidade onde usa no mínimo três caracteres por palavra, as letras e sílabas não se repetem na palavra.
Hipótese Silábica – fase da descoberta de que a Escrita = Sons da Fala, mas a criança ainda não sabe passar esse conhecimento para o papel – Período de conflitos e perturbações das certezas da criança:
• Sem valor sonoro convencional - qualquer letra (sinal gráfico) pode servir para qualquer som (sílaba). CA - SA = TD
• Com valor sonoro convencional - correspondência de cada sílaba oral (falada) a uma letra, podendo ser vogal ou consoante. CA - SA = KA
Hipótese Silábico-Alfabética - É transição entre as hipóteses silábica e alfabética:
• A criança ainda não domina a escrita e mantém suas concepções anteriores;
• Ela compara o tamanho da palavra ao objeto e caso seja um objeto grande ela usa muitas letras, e vice-versa;
• Muitos leigos acreditam que a criança está “comendo letras”, mas não sabem que nesta fase ela está descobrindo que muitas letras têm o mesmo som. É aí que a criança percebe que o som de uma sílaba pode ser escrito com mais de uma letra (uma letra para cada fonema – CA - SA = CS).
Hipótese Alfabética – É o final da construção da base alfabética:
• Nessa fase a criança já domina a escrita, ela compreendeu a concepção alfabética do sistema de escrita, ou seja, ela descobriu que cada letra corresponde a valores sonoros (fonemas) menores que a sílabas. Percebe que essas letras, quando agrupadas, formam sílabas e que as silabas agrupadas em certa ordem formam palavras;
• Faz análise sonora da palavra que vai escrever;
• Identifica mais o fonema (som) do que a ortografia (escrita);
• A criança passa a se ater à separação das palavras nas frases, sente segurança em suas produções;
• Começa a ter dificuldades na organização do que escreve e no domínio das regras ortográficas;
• É após essa fase que ela irá escrever corretamente, pois passa a refletir sobre a organização de frases e textos, para que sejam coerentes ao serem usados na prática social (comunicação), fase em que a criança já construiu o sistema formal da língua escrita.
Sondagem
• Criar uma lista de palavras do vocabulário cotidiano dos alunos, com quantidade de letras variadas (monossílabas, dissílabas etc.), mesmo que não haja ainda uma reflexão sobre a representação escrita dessas palavras;
• Iniciar o ditado com palavra polissílaba, sequencialmente a trissílaba, a dissílaba e, por último, a monossílaba. Evitando assim que as crianças recusem-se a escrever, ou entrem em conflito, por escreverem segundo a hipótese do número mínimo de letras. Evitar também a repetição de vogais numa mesma palavra, por causa da hipótese da variedade;
• Ditar frase que envolva pelo menos uma das palavras da lista, observando se a escrita dessa palavra permanece estável (do mesmo modo como escrito na lista) mesmo no contexto de uma frase;
• Usar papel sem pauta para observar o alinhamento e a direção da escrita ;
• Fazer a sondagem com poucos alunos e ditar palavras e frases sem silabar;
MORTADELA
PRESUNTO
QUEIJO
PÃO
O MENINO COMEU QUEIJO
• Observar e anotar as reações (gestual, sonoras,etc.) dos alunos enquanto escrevem e pedir para que leiam o que escreveram. Verificando assim se associam aquilo que falam à escrita;
• Fazer um registro da relação entre a leitura e a escrita. Verificando a associação de cada uma das sílabas da palavra à cada uma das letras que o aluno escreveu, sobretudo o que eles pronunciarem de forma espontânea (não obrigue ninguém a falar nada).
• Se possível, faça a sondagem com poucos alunos por vez, deixando o restante da turma envolvido com outras atividades que não solicitem tanto sua presença.
• Faça um registro da relação entre a leitura e a escrita. Por exemplo, o aluno escreveu k B O e associou cada uma das sílabas dessa palavra a uma das letras que escreveu. Registre:
k B O (PRE) (SUN) (TO)
• Pode acontecer que, para PRESUNTO, outro aluno registre BNTAGYTIOAMU (ou seja, utilize muitas e variadas letras, sem que seu critério de escolha dessas letras tenha alguma relação com a palavra falada). Nesse caso, se ele ler sem se deter em cada uma das letras, anote o sentido que ele usou nessa leitura. Por exemplo:
BNTAGYTIOAMU
A Sondagem é o Diagnóstico na alfabetização para que voce possa conhecer a nova turma (clique na palavra Diagnostico para saber mais sobre as hipoteses e a sondagem ou na palavra Tabela para vizualizar modelo)
Falando de Lauro de Oliveira Lima
Lauro de Oliveira Lima nasceu no dia 12 de abril de 1921, em Limoeiro do Norte (194,1 quilômetros de Fortaleza). Foi alfabetizado pelo mestre Zé Afonso, único professor por aquelas bandas. Para completar os estudos primários, migrou para um seminário em Jundiaí (São Paulo). De volta ao Estado, torna-se professor e noivo da neta de Agapito dos Santos (nessa ordem), Maria Elisabeth. > Em 1945, o professor Lauro conquista o cargo de Inspetor Federal de Ensino, um dos braços do antigo Ministério da Educação e Cultura, passando a morar em Brasília. Exerce a função durante 20 anos. Em 1949, forma-se em Direito e, dois anos depois, em Filosofia. > Seu trabalho como “reformador da educação” é exercido, plenamente, no Ginásio Agapito dos Santos - fundado por ele, nos anos 50. Influenciado pelos escritos do psicólogo e filósofo suíço Jean Piaget (1896-1980), o professor Lauro idealiza o Método Psicogenético de ensino. O livro Escola Secundária Moderna (Inep, 1963) é uma das principais referências, entre as mais de 30 obras escritas por ele, dessa metodologia que considera o trabalho por equipes e a criação de situações-problema de acordo com o nível mental da criança. > Perseguido nas décadas da ditadura militar brasileira, acusado de subversivo, muda-se para o Rio de Janeiro para responder aos inquéritos policiais. Sem mais emprego, o professor ocupa-se com seus pensamentos sobre educação. Traslada Piaget para o Brasil, em livros como Piaget para Principiantes e Uma Escola Piagetiana e, em 1972, cria o Centro Educacional Jean Piaget (Rio de Janeiro). A vida, então, recomeça. E-Mais > O filósofo suíço Jean Piaget (1896-1980) foi o professor fundamental para o educador Lauro de Oliveira Lima. Piaget, por sua vez, também cientista e psicólogo, dialogou com as teorias de Immanuel Kant, Herbert Spencer, Auguste Comte, William James, Theodore Ribot, Pierre Janet, Arnold Reymond, Sigmund Freud e Carl Gustav Jung. > Piaget se dedicou ao estudo da inteligência e se tornou a principal referência em Epistemologia Genética. Para ele e seu método de ensino, a aprendizagem é um processo que começa no nascimento e vai até a morte do indivíduo. Ou seja, é necessário considerar as várias etapas do desenvolvimento humano. > A teoria piagetiana sublinha: tudo o que aprendemos é influenciado por nosso repertório de conhecimentos. O ser humano não é apenas um repositório de informações; temos a capacidade (inteligência) para interagir com o saber exterior. “O principal objetivo da educação é criar indivíduos capazes de fazer coisas novas e não, simplesmente, repetir o que as outras gerações fizeram”, defendia. > As idéias de Jean Piaget também influenciaram estudiosos como o cientista social Jürgen Habermas, o pensador marxista Lucien Goldmann e a pedagoga Emília Ferreiro, por exemplo.
Tal pai, tal filho. Desde que o caçula nasceu, dá-se a confusão. Muitas entrevistas já buscaram o professor Lauro de Oliveira Lima e foram ter com herdeiro, Lauro Henrique de Oliveira Lima. Uma vez mais, foi o diretor do Colégio Oliveira Lima quem recebeu O POVO, na primeira tentativa de se entrevistar o professor Lauro. “Já sei, vocês querem falar é com meu pai, não é?”, respondeu ao desapontamento da repórter. Mas não se deu viagem perdida ao Colégio Oliveira Lima. Lauro Henrique remexeu o baú da família e revelou histórias do tempo de infância. Contou um pouco da metodologia que o pai, educador, aplicava em casa: não havia mesada, mas cada um ganhava alguns cruzeiros se fizesse o resumo dos livros lidos. Assim, todos se tornaram leitores! “Nossa casa é uma biblioteca, tem livro no banheiro! Somos cercados de livros e revistas”, ratifica Ana Elisabeth Santos de Oliveira, outra herdeira do professor Lauro. Ela lembra que o pai ensinava a não ser aquele aluno-primeiro-lugar. “Porque você está se adaptando ao sistema... O negócio era ler. Ele leu Monteiro Lobato para nós”, colore. É a filha Ana Elisabeth que completa o pensamento do professor Lauro, ao fim da entrevista. “Para o papai, o computador é igual à máquina de calcular: não tem função pedagógica”, diz, sobre o ensino atual. A respeito das mudanças no vestibular das universidades federais, o professor costuma aconselhar: “O ministro (da Educação) deve estudar pedagogia”. “Para o papai, tem que treinar o professor e valorizá-lo”, destaca Elisabeth. A ditadura militar é um longo capítulo na memória da família Oliveira Lima. No primeiro ano do golpe, recupera Ana Elisabeth, os filhos do professor Lauro foram reprovados no colégio. “Ficamos até traumatizados e recolhidos em casa”, diz. “E a escola era muito chata, ninguém podia dar opinião. E ninguém podia saber de quem éramos filhos”, completa. Perseguido pelos militares, Lauro de Oliveira Lima perdeu o emprego no Ministério da Educação e só encontrou o rumo na década de 1970, quando desenvolveu o método educacional da dinâmica de grupo e fundou o Centro Educacional Jean Piaget. Ele não aceitou nem a ajuda do sogro, nem o exílio. “Paulo Freire chamava, mas ele dizia que tinha muita dificuldade de sair do Brasil. E a gente ficou no Rio, mais ou menos, exilados”, conta Elisabeth.
Matéria publicada no Jornal "O Povo"
Tal pai, tal filho. Desde que o caçula nasceu, dá-se a confusão. Muitas entrevistas já buscaram o professor Lauro de Oliveira Lima e foram ter com herdeiro, Lauro Henrique de Oliveira Lima. Uma vez mais, foi o diretor do Colégio Oliveira Lima quem recebeu O POVO, na primeira tentativa de se entrevistar o professor Lauro. “Já sei, vocês querem falar é com meu pai, não é?”, respondeu ao desapontamento da repórter. Mas não se deu viagem perdida ao Colégio Oliveira Lima. Lauro Henrique remexeu o baú da família e revelou histórias do tempo de infância. Contou um pouco da metodologia que o pai, educador, aplicava em casa: não havia mesada, mas cada um ganhava alguns cruzeiros se fizesse o resumo dos livros lidos. Assim, todos se tornaram leitores! “Nossa casa é uma biblioteca, tem livro no banheiro! Somos cercados de livros e revistas”, ratifica Ana Elisabeth Santos de Oliveira, outra herdeira do professor Lauro. Ela lembra que o pai ensinava a não ser aquele aluno-primeiro-lugar. “Porque você está se adaptando ao sistema... O negócio era ler. Ele leu Monteiro Lobato para nós”, colore. É a filha Ana Elisabeth que completa o pensamento do professor Lauro, ao fim da entrevista. “Para o papai, o computador é igual à máquina de calcular: não tem função pedagógica”, diz, sobre o ensino atual. A respeito das mudanças no vestibular das universidades federais, o professor costuma aconselhar: “O ministro (da Educação) deve estudar pedagogia”. “Para o papai, tem que treinar o professor e valorizá-lo”, destaca Elisabeth. A ditadura militar é um longo capítulo na memória da família Oliveira Lima. No primeiro ano do golpe, recupera Ana Elisabeth, os filhos do professor Lauro foram reprovados no colégio. “Ficamos até traumatizados e recolhidos em casa”, diz. “E a escola era muito chata, ninguém podia dar opinião. E ninguém podia saber de quem éramos filhos”, completa. Perseguido pelos militares, Lauro de Oliveira Lima perdeu o emprego no Ministério da Educação e só encontrou o rumo na década de 1970, quando desenvolveu o método educacional da dinâmica de grupo e fundou o Centro Educacional Jean Piaget. Ele não aceitou nem a ajuda do sogro, nem o exílio. “Paulo Freire chamava, mas ele dizia que tinha muita dificuldade de sair do Brasil. E a gente ficou no Rio, mais ou menos, exilados”, conta Elisabeth.
Matéria publicada no Jornal "O Povo"
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PENSAMENTOS
PENSAMENTOS
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
" O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos."( Rubem Alves )
"As crianças têm uma sensibilidade enorme para perceber que a professora faz exatamente o contrário do que diz".( Paulo Freire )
( Artur da Távolla )
"Brincar com as crianças não é perder tempo, é ganhá-lo, se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados, em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem.”
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
Mas o oceano seria menor se essa gota não existisse."
(Madre Teresa de Calcutá )